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DESCOMPLIQUE A VIDA COM OS VINHOS ROSÉS, CADA VEZ MAIS EM MODA

Atualizado: 18 de nov. de 2021

Rebeldes do mundo do vinho, os rosés não seguem regras e são pura diversão!



Texto: Orestes de Andrade Jr. | Jornalista e Sommelier Há pelo menos oito anos os vinhos rosés são sensação nas taças europeias. Um tanto tardia, a moda chegou ao Brasil no verão passado. Mas veio para ficar. O consumo de vinho rosé cresceu 35% no Brasil em 2020, segundo a empresa de inteligência de mercado Ideal Consulting. A tendência é que a demanda por rosés neste ano seja ainda maior. Mas por que este fenômeno finalmente conquistou os brasileiros?


Em uma palavra: versatilidade. O vinho rosé fica entre o tinto e o branco, por isso circula bem entre os apreciadores de ambas as bebidas. Os rosés podem ser considerados rebeldes, porque não seguem regras. Não seguem porque não precisam. Eles se adaptam às mais variadas situações. Combinam com quase tudo.


Leves, refrescantes e coringas da harmonização, os rosés são descomplicados por natureza. No sul da França, se tornaram símbolo de um estilo de vida alegre. A região da Provence é a grande produtora deste estilo de vinho, que se espalhou mundo afora.

Versátil, o rosé pode ser aperitivo, animando uma boa conversa. Com comida, tem comportamento duplo: é leve para se passar por um branco e tem corpo para parecer um tinto (leve). Eles combinam com pratos que harmonizam com brancos encorpados ou tintos delicados. Encaram até pratos ligeiramente condimentados. Verdadeiros coringas, assumem vários papéis. Na dúvida, em qualquer situação, escolha um rosé. Ninguém erra com uma taça de rosé, seja qual for o momento.


Historicamente ligado à feminilidade, a ingenuidade infantil e o amor fraternal, a cor rosa ganha outras simbologias no mundo dos vinhos: representa bebidas divertidas, descompromissadas, quase fúteis. O preconceito antes existente entre homens e conhecedores, não existe mais. Aliás, hoje pega mal torcer o nariz para um rosé. Mostra desconhecimento puro!

Cheio de sutilezas, o vinho rosé tem o seu charme na cor, que vai de um delicado tom de pêssego ou casca de cebola até o cereja forte, cor de sangue. A cor, a propósito, vem da casca da uva tinta. Ele pode ser produzido de quatro maneiras, com as uvas Pinot Noir, Merlot, Cabernet Sauvignon, Grenache, Sangiovese e Syrah, entre outras.


1) A "presagem direta" é o método em que as uvas tintas são prensadas (exatamente como na produção de vinho branco), extraindo apenas uma pequena porcentagem da cor das peles das frutas, resultando em um rosé de tonalidade clara e delicada. Este é o método clássico da Provence e que gera os melhores rosés.


2) No método de "maceração curta", as uvas tintas são manipuladas como na vinificação típica dos tintos, e uma vez que a fermentação está em curso, o suco é retirado entre 6 e 24 horas após o início do processo, ainda em temperaturas frias. Quanto maior o tempo em que o vinho permanece em contato com a pele da fruta, mais profunda sua cor.

3) O terceiro método é o "saignee" (ou sangria), em que uma parte do suco (cerca de 10%) é removido e o restante permanece em contato com as peles para a produção de vinho tinto. Neste processo o rosé é um subproduto, com tons mais escuros e tipicamente mais alcóolicos.


4) Por fim, o método conhecido como "corte", e geralmente considerado o de menor prestígio, consiste em simplesmente misturar uvas tintas e brancas no processo de fermentação, sem previsibilidade do resultado.


A temperatura ideal do rosé é ligeiramente mais alta que do branco, entre 10ºC e 12ºC, em função de seus suaves taninos. Se não estiver resfriado, deixe na geladeira por aproximadamente uma hora e meia antes de servir. Mas, como o rosé é rebelde, se quiser servir mais gelado ou até colocar gelo, vai em frente! Depois de aberto, ele dura até 1 semana na geladeira, com rolha ou tampa apropriada.


Para antecipar a primavera e abastecer a sua adega com o vinho da moda nas próximas estações, a Vinhos do Mundo selecionou rótulos do Chile, Argentina, França, Portugal, Alemanha e África do Sul. Confira. Veja abaixo:


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